domingo, 5 de maio de 2013

A Morte do Demônio (Evil Dead), por Gabriel Ricardo


           
Remake, título clichê, recheado de cenas gore: esta é a impressão inicial que tive ao analisar o trailer e as especificações técnicas desse filme tão aguardado e que em seu pôster de divulgação já nos adverte em chamativas letras garrafais que este será "O FILME MAIS APAVORANTE QUE VOCÊ VERÁ NESTA VIDA.".
  
Quando o gênero de um filme é terror ou algum derivado ou subgênero do mesmo, fico me perguntando qual é o tipo de terror que mais me agrada. Porque na verdade, os filmes deste gênero tendem a misturar vários elementos a fim de proporcionar uma experiência única para quem o assistiu. Entre esses elementos, posso citar novamente o
gore, onde há uma preocupação maior em focar nas cenas de mutilação e nos banhos de sangue, aumentando o clima de tensão e deixando o espectador agoniado e, por vezes, com náuseas, afinal, assistir as estranhas de um ser sendo arrancadas, seja por um maníaco ou por ele mesmo, pode não ser a melhor ideia de um filme para se assistir na hora do jantar.

LEIA MINHA ANÁLISE COMPLETA


            O filme é dirigido pelo pouco conhecido diretor Fede Alvarez e estreou nos cinemas no dia 19 de Abril. O filme conta a história de cinco jovens (Jane Levy [protagonista da série estadunidense Suburgatory], Shiloh Fernandez, Lou Taylor Pucci, Jessica Lucas e Elizabeth Blackmore) que se reúnem em uma antiga cabana da família no meio da floresta a fim de ajudar Mia (Levy) a se recuperar da dependência química. Porém ao chegar à cabana, os jovens descobrem que ela foi palco de um ritual macabro e em uma espécie de altar maligno encontram um antigo livro feito de pele humana e escrito em uma linguagem desconhecida (muito semelhante ao Necromicon de H. P. Lovecraft). Tudo (de ruim) começa após um dos jovens ler em voz alta algumas palavras do livro, semelhante a uma oração, que acaba libertando uma entidade maligna.
            O demônio libertado imediatamente possui Mia, a garota que está se recuperando da dependência, mas inicialmente seus amigos confundem a possessão com as crises de abstinência química que ela vem sofrendo.
Jane Levy interpretando Mia no remake A Morte do Demônio

Ellen Sandweiss em cena clássica do filme original de 1981

            É um filme pelo qual eu esperava há um certo tempo e posso dizer que não me decepcionei. São raros os títulos de terror que realmente me agradam. A fórmula para se fazer um bom filme deste gênero é saber conciliar os diversos elementos que o constituem: desde a história, que deve ser bem elaborada (e não apenas aquele mata-mata seguido por um esguicho de sangue ou uma cabeça rolando), até a noção da quantidade de cenas gore que serão realmente necessárias e, é claro, um bom desfecho ao final de tudo (a não ser, é claro, que a grande intenção seja deixar o público ansiando por uma continuação).

Um comentário:

Kollinn Costa Benvenutti disse...

Concordo com suas palavras, o filme além de ser gore tem uma história muito interessante onde não deixa quem assiste entediado e cansado só de ver morte e morte... E o final não é decepcionante (maioria dos filmes de terror que eu vi tem um final decepcionante e sem nexo).
Parabéns pela sua avaliação do filme :)